sexta-feira, julho 30, 2004

E ao 5º dia...

...acordei KO. Once upon a time in the west havia uma fatia de bolo de chocolate que esperava, numa ânsia desmedida, pelas mandíbulas ferozes de Masca. Terá esperado dias, quiçá semanas, até Masca apareceu numa quarta feira, a seguir a jantar.
A primeira impressão não foi tão má como seria de esperar e, quinta-feira, lá estava Masca em plena Quinta de Santo António, pelas oito e pouco da manhã.
A meio da manhã sentiu um impulso a meio de uma conversa e rezou para que esta acabasse logo ali. Ao WC foi expelir uma bomba de Hiroshima. Pensou que fosse ficar por ali mas ao almoço a cena repetir-se-ia. E depois de jantar começou o verdadeiro mal-estar.
Hoje, sexta-feira Masca acordou pelas 7h da manhã. Tentou-se mexer mas parecia imóvel. Socorreu-se de todo o seu espírito para se levantar e, aí, pressentiu que algo estaria mal.
-Não me aguento em pé... - desabafou inconformado e triste.
Foi ao WC. Personificou uma fonte. E quando o momento solene chegou ao fim sentiu-se perto do desmaio, perto do abismo, perto de um fechar de luz abrupto e inesperado.
Socorreu-se do seu espírito e arrastou, mais uma vez, até à sala onde se deixou sucumbir à inércia, agarrado a uma almofada do sofá, clamando.
-Pai...ajuda-me...
Viagem para a CUF já com uma citroxina no papo.
Foi rápido.
Descobriu uma médica muito simpática que logo diagnosticou uma gastroentrite. Masca foi fazer análises e deparou com uma enfermeira muito simática. Lúcia era o nome dela. A partir daqui nada mais podia correr mal.
- Vamos lá ver de que côr é o seu sangue... - gracejou acrescentando que era capaz de ser azul. O dela era verde. Masca comentou que o dele seria vermelho já que era do SLB.
Tirou muito sangue, quase uma seringa cheia,24ml. Masca comentou sarcásticamente:
- Não tire o sangue todo...
Os sorrisos apareceram, Masca até já se sentia bem. Lúcia entregou-lhe um frasquinho para uma colheita.
Pouco depois já estava tudo feito e abandonou as análises sem oportunidade de se despedir de...Lúcia.
Foi para uma sala onde lhe administraram soro e antibióticos. Ali ficou umas duas ou três horas, até às 11h.
Até que pôde vir embora.
Estou em casa. Foi-se a sexta-feira. O fim de semana no Algarve também. Pareceu-me, o atestado de cinco dias, algo exagerado. Depois de ter passado o dia a arrastar-me do quarto para a sala e a dormir constantemente vejo que não e só espero que no recomeçar da semana possa estar de volta à forma plena.

quarta-feira, julho 28, 2004

"A CASA DAS NUVENS FLUTUANTES"

PREFÁCIO:
Passou por mim, tantas vezes, a vontade de cortar o sereno cordão umbilical que me mantém junto a ti. Abreviar um diminutivo já de si extraordinariamente diminuto. Abreviar uma sequência monótona e repetitiva, no seu suave crescendo de ramo de parábola feita metáfora de uma vida cerzida por uma luz que não a imaginada por Deus.

Passou por mim tantas vezes a vontade de cortar o sereno cordão umbilical que me mantém junto a ti. Acordar de um sono feito profundo do qual não se procura despertar. Desviar o chão para caminhar sobre 1 céu feito de sonhos costurados numa infância confortável e aconchegante.

Passou por mim tantas vezes a vontade de cortar o sereno cordão umbilical que me mantém junto a ti. Imagino sempre a madrugada correndo à beira-mar. Como as suas pisadas se tornam cada vez mais leves tornando o toque uma sombra, tornando a sombra um pico do qual somos abraçados pelo sol.

Passou por mim tantas vezes, mais e mais vezes a vontade de cortar o sereno cordão umbilical que me mantém junto a ti. Floresce o olhar feito de uma Primavera tecida a tons de Verão, resquícios de uma fulminante e intensa paixão.

Não existe perfeição. Nem mesmo tu, meu amor. Se eu por momentos conseguisse levantar o olhar e encarar o céu, talvez duvidasse e até talvez mudasse, como se de um toque superior se tratasse. Não existe perfeição.

Até tu meu amor...

...k exibes traços dos mais harmoniosos que já alguma vez vi, fino esboço feito grafite, sobre as copas da tarde, suave no bater de asas, sábia, sorte, sabida exibindo bem alto tamanha descida.

Talvez exista perfeição... serás tu, meu amor ? Como o sol se levanta e percorre elaborada elipse, rasto de vida transbordante, escorrendo como o surgimento da manhã, pleno e inesperado na oferta de um aroma a mar, de uma luz imensa k nos inunda e nos faz ponderar.

Existe perfeição ? Tinha a certeza k não mas, meu amor, só kem não te conheça poderá ter semelhante ilusão.

Quinta-feira, 6 de Junho. 7º dia de fisioterapia aos meus pobres e lastimáveis ligamentos do pé direito. É verdade ! Hoje já corri 6 minutos na passadeira alucinante ! Rolante melhor dizendo.... estou bem melhor. Claro k quase k n me aguento de pé...mas isso....concerteza não passa de um efeito secundário. Parece k, momentanemente, reencarnei num daqueles velhinhos sacos de boxe, suspensos do tecto como um balão de fingir, cobrindo a luz dos olhos sensíveis e febris.

Rebolei então até ao carro. Tenho k ir para Cascais. É o jantar da Marta a chamar por mim. Antes porém, vou dar um salto até ao Colombo. Tou a precisar de um polo novo.

Em caminho recebo uma chamada do João Pita, mais conhecido por Zorro Funchalão. Ao k parece estava atrasado e hitch-hiking n estava nos seus planos ! Ainda me ofereci para vaguear um pouco pelo shopping para fazer tempo, mas nada feito. Voltemos à roupa.

Estou a pensar em variar um bocadinho. O meu irmão está farto de me chatear, a dizer k nunca tem polos ao fim de semana. K eu os visto todos. Obviamente, tal afirmação é completamente falsa e kem o diz n pode ser benfiquista....

Percorro várias lojas mas, e vou ser sincero, ultimamente há certas coisas k n me ficam tão bem como antigamente. Deve ser da avançada idade snif....

No outro dia, fui ao BLOCKBUSTER e quando estava à espera do cartão multibanco reparei k a menina do balcão estava a olhar para o cartão meio intrigada.

-           Tão novo e já engº ?!
-           Isto é mesmo verdade ou....
-           É verdade....é verdade....
-           Então está muito bem conservado !
-           N me sabia já senil.....
-           25 já é assim tão velho ?!
-           Tá muito bem conservado então !
-           Grazzi...acho eu....
-           Estou uma múmia portanto...
-           Uma múmia paralítica !!!

Voltando à história, aqui a múmia foi mas é à GANT k é rápido, indolor e as coisas até ficam bem !

-           Polo creme arrebatado pelo senhor de branco....
-           Olhe...eu n estou de branco...eu sou BRANCO !!!!

Bom só falta uma T-SHIRT para pôr sob o polo, n é João Manuel ?

Depois de várias tentativas fiquei a saber k só na feira é k se vendem T-SHIRTS lisas, sem nada. O melhor k consegui foi mesmo uma T-SHIRT branca e outra preta na Levi Strauss.

Agora tenho k me trocar.... onde está uma cabine telefónica J ???

Casa-de-banho ?

Sim, ocorreu-me mas depois comecei a pensar ( o k por si só encerra um enorme perigo...) k toda aquela gente já me tinha visto a passar para cá vestido de uma maneira. Quando eu fosse para lá íam refrescar a minha imagem nos seus retorcidos e incipientes cérebros. Agora quando eu voltasse para cá todos me iam ver vestido de maneira diferente.

Conclusão: passava por maluquinho !!!

Naquela altura surgiu-me, no entanto, uma ideia terrífica de avassaladora:

-           Ahhh...encosto o carro à berma, na A5 – pois claro !, e troco-me ali mesmo.

Felizmente k a idade já traz consigo decisões convenientemente ponderadas e decididas.

A ½ do caminho, no entanto, mudei de ideias ! Vou mas é a um parque de estacionamento recondito que existe ali em Miraflores, junto a uma obra da Somague and I´ll do the trick.

Estaciono então no lugar mais afastado da civilização (mas QUAL civilização homem ?!) e tiro a camisa e a T-SHIRT interior e troco-me violentamente dentro do carro.

-           Ahhhhh....sinto-me outro !

Não sei exactamente as pessoas k terão presenciado a cena pero I don´t give a f...

All set and ready to go, I feel like a zillion bucks !

Pé na tábua até Cascais, k é mais k um pulinho...

“4 rotundas: Nas primeiras duas vais em frente, nas próximas duas viras à direita e na última à esquerda, passas pela GALP (do teu lado esquerdo) e depois é aí à direita. Todas as casas têm nomes de flores e é o nº 3”

Este blá-blá corria-me na cabeça como um qualquer rodapé de noticiário das 20h. E n falhei !

Bom...quase k n falhei...

Nunca cheguei a ver a GALP... tão pouco casas com nomes de flores.....antes fui dar a um jardim infantil ou escola primária n sei bem...

Saco então do télélé e procuro a Martinha.

-           Estás aonde ?
-           Tem aki um
WEB@CAFÉ e blá-blá...
-           Do teu lado direito ou esquerdo ?
-           Direito...
-           N era EXACTAMENTE por aí k deverias ter vindo mas é só ires em frente chegar à rotunda ir em frente, a GALP fica do teu lado esquerdo, segues e vês logo a casa !
-           Ahh....tb...quer dizer k n era por aki ? 
-           Para eu dar tão facilmente com isto tinha mesmo k me ter enganado....

Cá estamos ! Numero 3 pois bem...

Abro a cancela...ah é esta casa de certeza ! Lembro perfeitamente deste carro k agora n me lembro exactamente qual é J ! Toco à campaínha....

-           Trriiiiiimmmmm.... (Seria dlim-dlom ?! Glup ! Nunca saberemos....)
-           Bliiiimmmm....Trrrimmmmm sounds more like it !
-           Bom….gostei muito mas acho k me vou embora.... ninguém vem à porta !!!

Mas eis que a porta se abre... surgindo a Marta, vestindo hummmm....um momentinho....já há consenso... só mais um minutinho.... ok o júri já decidiu... vai ser lida agora a sentença:

-           O júri decidiu por maioria (nem unânime foi...) k a Marta estava vestida !

-           Eu lembro-me de um cinto descaído ! – grita um pobre imbecil da plateia;

-           Ela vestia-se de preto ! – grita um rico imbecil;

Ela veste-se sobre o preto. Isso já nós sabíamos. Get a life ! Este público de julgamentos mãezinha....

Depois de uma conversinha introductória do tipo “fast elevator” começamos a descer, a descer... sabe-se lá até onde !!!

O caracol feito clotóide fecha cada vez mais, mais, mais... até que começa a reabrir lenta e ponderadamente. Os degraus afastam-se fazendo dos planos que lhes dão forma, superfícies curvas, sinusoidais, como se derretessem perante a força de uma mente sobrenatural. Subitamente esticam funcionando como uma toalha de mesa arrancada com os pratos, os talheres e o resto da família ainda em cima. Apenas a Marta consegue descer as escadas tranquilamente eu desequilibro-me, tropeço, e rodando sobre eu próprio, continuadamente, estatelo-me  ao comprido sobre o chão de madeira.

Meu Deus ! As escadas não eram mais que uma fachada. Afinal o caracol era um buraco no tempo, um wormhole ! Uma ponte no espaço certamente, talvez no tempo também. Se calhar aqui a areia escorre-se mais lentamente...ou mais rapidamente ! Quando voltar, poderei já não vos encontrar mais, talvez os vossos espiritos...numa sessão qualquer do Quarteto. Nunca pensei vir a privar de tão perto com as teorias de Einstein...nunca pensei atravessar uma ponte cujo projecto tivesse sido revisto por ele... Einstein...e ...Rossen... pobre do Rossen vê sempre o seu nome esquecido !

Tantas velas...com chamas cuidadosamente esculpidas, serpenteando-se ao som das palavras requintadamente proferidas por entidades aparentemente desconhecidas e, no entanto, muito semelhantes ao comum dos mortais.

Escritos desenhados, de figuras inovadoras enchem as paredes na veneração a simbolos que desconheço mas k me trazem paz.

A atmosfera tem um tom escarlate, uma miscelânea de vermelhos e asinhas de anjo.

As paredes são arco-iris tecidos na mais pura seda, com um efeito texturado conferido pela tinta de gin-seng (n sei como se escreve paciência...).

Levanto-me e caminho (!), preclitantemente, até dois sofás, uns quantos puffs, e uma mesinha com oferendas aos convidados.

Estas entidades são muito engraçadas e familiares também ! Parece-me k tentaram copiar pessoas já existentes na Terra, para k eu me sentisse mais à vontade. Têm um ligeiro sotaque, no entanto...mmmm...parece quase madeirense...k engraçado !

Enfim...até civilizações muito mais avançadas do que nós têm as suas limitações...
(lol – dedicado ao clã madeirense ;) .

-           SOMOS NÓS MASCA !!!!
-           Sério ?! Incrivel !!!!
-           Até imitaram as vossas pronúncias !!!
-           Tão iguaizinhos !!!
-           Mas o k é k fazem aki no JAPÃO ?!
-           Ai, este Senhor ! – suspirou a Sofia CN, mais conhecida por “ the artist formerly known as Mulher-Coração “;
-           Vai um queijinho ?!
-           Hummmmm...talvez...então o k é k há ?

Queijos das mais diversas proveniências recheavam a mesa, de Júpiter, dos terceiros e quartos Anéis de Saturno, da Madeira e até do “Contenente” !!!!

Tostas e tostinhas saltitando de um lado para outro, como que fazendo os 100-migalhas barreiras !

-           Tens este, aquele, este é dali, este d’acolá...
-           Dá-me o mais simples porque...
-           Porque tu “ainda nem sequer provaste, tás quase a cheirar, mas gostas, só k n te apetece neste preciso e particular momento !” – atirou a Filipa, aka “Anjinho de Asinhas Luminosas e Replandescentes” nas minhas costas J como se estivesse a marcar um touro, ex-tubarão branco com alma de golfinho, ex-pargo santense e ex-budista, mas sempre do glorioso SLB, com um ferro quente, em brasa;

-           Obrigada, Sofia;
-           Mmmm...k tostinha tão bem apresentada !

À medida que vou aproximando a tosta do olfacto, algo de misterioso e perturbador começa a apoderar-se de mim, um enjoo, uma tontura feita tonteira, ganha cada vez mais força, até k n posso mais !

-           Bolas, este queijo cheira mal k se farta !

Felizmente k a Martinha tinha subido até ao banzar dos queijos, especiarias e jantares e n ouviu !

-           É k isto é intragável !!!!
-           N cheires Masca, come logo !!! – disse a Sofia;
-           N consigo !!! N é suposto fazer um sacrificio para comer isto !!! Este queijo é uma m....

Nisto a Martinha, como é mais conhecida entre nós, entra e diz:

-           Este queijo é o quê ?         
-           ...Este queijo é uma m.... (tinhamos ficado aqui lembram-se ?) mmmmmaravilha !
-           Fantástico !
-           Maravilhoso !
-           Optimo !
-           Nem tenho palavras !
-           Tou há umas 5 horas a escrever isto e n tenho palavras !
-           Tou a ver, tou a ver... – riu-se a Martinha.... “Martinha Barbatana de Tubarão” como é + conhecida entre nós J...
-           K keres beber ?
-           Vinho, caipirinha ? (Tudo tipicamente japonês!)
-           N há SHOTS não ? L

Parece k não. Pelo menos era o k vinha ontem nas revistas cor-de-rosa...

-           Barbatana ?
-           Sim, Masca ?
-           Foste tu k pintaste a salinha ?
-           Porquê ????
-           ´Tá mal pintada é ?!
-           Nã.....o efeito de cores tá engraçado J !
-           Bem !
-           Entraste a matar, Masca !
-           Sabes, Barbatana...nós só brincamos com as pessoas com que simpatizamos n é ?

Resposta em coro:

-           É, é, é...então n é ? Ui, ui...pois então ...

Sem comentários.

-           Vá Masca, queres mais um bocadinho de vinho ?
-           É Monte Velho, Martinha ?
-           Não...
-           A uva foi apanhada debaixo da 4ª cascata, no 2º maior mar de Marte, do 3º dia de Primavera, ao 5º minuto de eclipse parcial do 1º Sol e das sextas e sétimas luas da Galáxia de Thor, no Waysooookhool Planet. Marte como sabes, tem na mitologia Thoriana, ascendente sobre Waysooookhool e  peixes.

-           K tinha sobre peixes já tinha percebido...hick !

Seguiu-se uma lição de bem marear pelo Pedro Marques...Pedro Marques...doesn´t ring a bell? E se lhes falar no “Pedro Uma Velinha em Cada Orelhinha Marques” ? Tb não ? “Orelhinha” talvez? Ah sim, sim !!! Se houvesse um “remake” do Moby Dick tenho a certeza k o Orelhinha entrava de certeza.

E eis que, qual charuto cubano contrabandeado surge o Bruno JF, on fire, jogando-se para o meio da conversa. Bruno Jardim Fernandes ou como é mais conhecido entre nós Bruno “Camarãozinho aki, Camarãozinho, ali, Um Momentinho k Eu Ainda n Desisti !” ex “Bruno ACHAS K SE EU TIVESSE A GRAVAR FAZIA ISTO FERNANDES” aka Bruno JK, F not K, Fernandes !

Ki papo gostoso minha nossa !

Sudain, surge a mãmã da Martinha dando-nos as boas-vindas.

As boas-vindas são uma mera camuflagem para ver kem é fino e kem parece fino. Um teste explicitamente implicito no tacto do trato do toque tombado. Ai mãe...

1 bjinho = alta burguesia, nasceu com Cascais no coração;

2 bjinhos = 1. vive nos Olivais; 2. teve uma banda com o nome ETCETERA; 3. estudou no Porto; 4. All of the above !

Este é um teste internacionalmente aceite pelo Colégio Eloquente e Racional das Castas Independentes e Superiores.... ehehehehehe.....

On your marks...

Começa cumprimentando a Sofia CN, Mulher-Coração, extremamente concentrada, habituada à alta roda de Cascais, passa com distinção aplicando somente um só bjinho (somente um só é um espectáculo n é ?) na maçãzinha do rosto da Martinha Sénior.

Filipa, Asinha-de-Anjo....

DISASTER !!!! DISASTER ACROSS THE CHANNEL !!!!

Até doeu... após o primeiro bjinho, a pipinha procurou, qual gata procura apanhar a sua própria cauda, aplicar um segundo bjinho que só passados 3 minutos e várias tentativas conseguiu dar com sucesso.

Esta senhora n é de Cascais. Aliás já nem sei kem é esta senhora Fili kê ?!?!?!?!

Segue-se o Orelhinha...

Orelhinha, domina a arte de marear, passa a rebentação incólume:

“FLAWLESS” I would say...

Bruno JK Fernandes.

Bruno exibe um estilo trunculento J eheheheh...

Depois do primeiro bjinho, a presa já n escapa, zás segundo...!!!!

Rapaz !!!! N és de Cascais certamente....deves ser para aí do SEIXAL !!!!!

“SEIXAL, SEIXAL, SEIXAL...ÉS A MAI LINDA TERRA....”

Só mais uma, só mais uma, só mais uma !!!!!

Tivessem pago bilhete....

Last but not least Masca aprochega-se da vítima. Masca tem tudo p ser de Cascais. Pele clara, olho claro...só lhe falta mesmo o bronze de cascais ! ( E as outras tangas todas J).

Um já está !

Quando vai para o segundo Masca vê-se e deseja-se... o rosto em forma de alvo esgueira-se como o único pónei de jeito num carrocel de donkeys. Masca runs to nail it... and he SCORES !!!!
BIG TIME!!!! Com a ajuda da mão esquerda traz essa maçã que n obedece a Newton e aplica-lhe a lei da gravitação universal.

CHUAC !

Penso k terá feito um pouco de eco...é a mania da reverberação....tsss...tssss....

E se fossemos jantar ?

“Pôs” quem fala assim n é gago !

Ai k linda mesinha !

Quadradinha...baixinha....waaaaaaaay...baixinha.

Estes JAPS devem ser um bocado desarticulados porque senão vejamos:

Para comer e ter as pernocas esticadas temos que estar mais ou menos a 90º certo ?

Pobres ligamentos...pobre digestão....

Se adoptamos uma posição mais à lá YOGA tb n há digestão que resista.

THE JAPS ARE WACKOS !!!!

Mas podia ser pior...imaginem se tivessemos peixes de guelras gigantescas (2, 3cm) aos saltos em cima da mesinha...

SCARY...hein ?

Uuuuuuuuuuuu....

Retomando o thriller....

Paralelamente a cada aresta da mesinha estavamos nós dispostos como dois jogos de xadrez cruzados perpendicularmente. Começando por mim, e no sentido dos ponteiros de um relógio de cuco (!) estavam (deve ser no sentido das bicadas portanto J):

Eu, hummmmm...estaria mais alguém ?! Hummmm... J ahhhhh... já me lembro: Martinha Barbatana, Bruno Camarãozinho JK Fernandes, Mulher-Coração, Filipa Asinha-de-Anjo, e last but not least, Pedro Orelhinha Marques !

What a line-up !

E o arroz à Valenciana foi servido. Em pratos cuidadosamente desenhados e trabalhados, as ervilhas descansaram...sobre campos de arroz correram, fugindo de garfos descontrolados e famintos. Não há espécie mais temida no universo que a dos garfos: Levam tudo...ou quase tudo...já k há uns mais esquisitos que outros J .

It was magnificient !

Barbatana...os meus parabéns ! Nunca pensei k uma Barbatana fosse capaz de semelhante obra.

Está quentinho...aki...morninho....ahhhhh....vinho....ahhhhh....
conversinha...coração relaxado, displicente...e eis k chega a Patrícia França.

Ai, ai...

Ai...ai...

SLAP !!!

Simmm ?!

Desculpem, perdi-me um bocado... estávamos aonde mesmo ?! Jantar ?! Ainda agora acabei de almoçar, são 15h30 !!!! Marta ?! Martinha ?! Barbatana ?! Kéééé ?!

Masca....volta à história...

A história Masca…

A história ?!

Quaaal história ?!

Do jantar !!!!!!!

Ahhhh.... a história do jantar pois claro !!!

Ladies and Gentlemen, please welcome one of the world’s top premier stand up comediants: 

Bruno JK Fernandes.
-           Som, sooommmmm...iiiiiiiiiiiii (feedback)....
-           Bom parece k tá ligado ! (laughs – he already has the audience in the back of his hand)
-           Keria vos contar uma história....k espero k gostem...chama-se Rui, o Rápido.

Nota do editor: Por razões estritamente alheias ao facto de não serem alheias, a história foi censurada por conter material eventualmente susceptivel de causar susceptibilidades em criancinhas.

A sala é agora uma piscina. Com ondas de 2 a 3m, sets perfeitamente definidos e formações cuidadosamente alinhadas e delineadas.

O tempo corre veloz e a verdade é que amanhã voltamos para Alcatraz. Estamos todos em liberdade condicional. Temos apenas os fins de semana livres, os dias de semana, durante o almoço e ao final da tarde. Temos k voltar.

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sigo a vela do Orelhinha n me posso perder se não nunca mais me volto a encontrar !

-           Será k este senhor vai virar para a 2ª circular ou vai continuar em frente pelo Eixo Norte-Sul ?!

Relax, dude ! I know my way home !

Donde estoy ?!

Ai, ai, mamazita !!!!

Trrrrrriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm !!!!!!

Qual chicote de pregos nas minhas costas ecoou por Lisboa inteira.

Bastardi.

Esta ditadura do tempo vai acabar !!!

Nós havemos de ser livres, LIVREEESSSSS !!!!!!

Atirei-me para dentro do duche, talvez ainda vestido...

Atirei pãozinho e leitinho p dentro de um estômago que a esta hora se julga uma cama elástica...

Levantei-me da cadeira e comecei a dar passos firmes e decididos...

Saí pela porta do carro...

E lá fui eu... partir PEDRA !

Ainda o sol se espreguiçava....ainda a noite curava a ressaca...

Grazzzzzie. 

 
Epílogo:

Talvez fosse o apertar da hora. Talvez fosse o crescimento exponencial do tempo, no processo da sua diminuição.

Simplicidade. Fissão. Parte mais ínfima, problema e solução.

Adoro as tuas palavras.

Podia ( e como o queria ! ) passar todos os segundos da minha vida a olhar o movimento ondulante dos teus lábios. Permanecer com essa imagem para sempre. A forma como tratas as sílabas, como retocas a pronunciação. Deixas-me hipnotizado ( se é k já n o estava !), deixas-me feito pêndulo de relógio gigante, capaz de vencer um comum pé-direito, capaz de vencer a inalterabilidade, a imutabilidade do tempo, aquela precisão teimosa de contar todos os segundos, para uma vez por ano, nos oferecer magnífico embrulho imaginado por todas as partições possíveis do ano, da estação ao deja vu, do coração cromático à quântica da alma.

Todos esses pedacinhos estão reservados. Guardei-os todos. São para te admirar. Meu Deus, como gosto de te ouvir arredondar o léxico. Como cada trago de vocabulário teu me traz um sorriso, já nem vejo mais nada, só a ti...só mesmo a ti.

Gradiente de formas, no agir dos sentidos, se vida tivesse uma definição no espaço e no tempo, serias certamente tu.

O ar torna-se vinho. A vontade ganha vida na tentativa de respirar o mais que possa e consiga. Um cheiro enibriante corre à minha volta, possui o meu sangue, aquece-o, vaporiza-o...est basculé contre les murs de mon coeur.
Uma e outra vez, sucessivamente...tornando dificil o respirar, tornando tão fácil amar...

A meiguice do silêncio falado inunda o gesto simples do coração singular.

O meu mundo é uma tela. Branca como as nuvens, moldável como o céu. O meu mundo é uma tela, tragam a tinta, tragam a cor, tragam a música, a vida, e o amor, tragam outros mundos, tragam outros tempos, preencham-na com fulgor. Já tanto esbocei, tão pouco colori e, ainda assim, a folha é imensa, de tal forma extensa, que me parece impossível de acabar. É como se fosse um infindável mar de estrelas, em que cada uma te pertence, me pertence, vos pertence. Cada qual o seu brilho, cada qual a sua intensidade, cada qual a sua distância, cada qual a sua importância, uma mol de inicios, na procura de um sol.

Na procura de um sol…

Na procura de um sol…

Sol…

Vida…

Luz.

A LUZ NÃO SE PROCURA, ENCONTRA-SE 

Escrito por: Tiago Cruz Torres Mascarenhas

A Crónica que se segue...

documenta, de uma forma fiel e quase sem recurso a qualquer tipo de ficção, o aniversário de ms. Marta Ivens de há dois anos atrás, em sua casa. Marta espero que encontres um tempinho para ler e deixar o teu comentário.

terça-feira, julho 27, 2004

"URGÊNCIA"

O k significa urgente ?

O k significa urgência ?

O k é urgente para ti, meu amor ?

O k é urgente em nós ?

Em mim, urgente é, como sempre aliás, encontrar-te...só k já n te procuro e assim, tenho a certeza, k será mais fácil encontra-te.

Porquê ?

Ou “porquê” como dizem os madeirucas J

Porque parece existir uma força k nos dificulta a persecução de objectivos k tenhamos imposto a nós mesmos. 

Claro k quando conseguimos a recompensa é infinita e avassaladora. E tal n tem preço.

É difícil, para mim, compreender que algo seja mais urgente k amar, mais urgente que a reabilitação ou compreensão plena de um tão perfeito valor, de forma pura, ambivalente e aestética.

O meu espaço aguarda-te.

Os meus melhores versos hesitam em sair com medo de perder a tua chegada.

As minhas melhores melodias dão voltinhas sem parar, à espera de teus apurados ouvidos encontrar J.

Adoro música.

Meu Deus como é perturbante gostar assim tanto de uma arte.

Fascina-me como apenas 7 notas, 12 contando com os acidentes, podem fazer tantas e tão variadas melodias.

Intriga-me o porquê de se eu for subindo por quintas, começando em dó, ir apanhando sucessivamente um sustenido, dois sustenidos etc mas se for em quartas já apanho os bemóis por ordem crescente.

Tudo pode ser definido analiticamente.

Deus é portanto... um matemático.

Estou impressionado com o destino a que o meu elaboradíssimo raciocínio me transportou J.

Contudo o grande executante é aquele que domina, intrinsecamente, a teoria, o sentido rítmico, a capacidade de improviso e, como não poderia deixar de ser, a simplicidade na expressão seja qual for a complexidade harmónica e melódica subjacente ao tema.

O amor é exactamente igual.

Eu posso ser um poeta fenomenal e, no entanto, não conseguir conquistar ninguém.

Porque o amor é algo tão natural e elevado que é sentido a um nível bem superior ao dos sentidos...embora estes ajudem bastante !!!

Meu Deus...

Como tenho dificuldade de olhar-te bem nos olhos.

Desvio sempre o meu olhar.

Para e por onde me levará esse brilho tão cativante ?

Flexível no gesto e na acção, inerte na libertação da emoção.

Às vezes paro e detenho-me a observar o meu reflexo e do “cenário” que me acompanha.

Subitamente o olhar fixa unilateralmente.

À medida que se solta, deixando a face, torna-se mais abrangente possibilitando observar que o “cenário” mudou.

São imagens soltas.

Uma praia com mar picado.

Salpicando-nos de sal.

Um tempo que foi derretido e cujo intervalo nunca é igual.

Uma urgente urgência em procurar significado para um léxico inesperado por desconhecido.

Sempre adorei escutar o barulhinho a mar que se ouve encostando o ouvido a um lindo e cintilante búzio.

Fechar os olhos...

Abri-los para rever um reflexo detido na urgente e ultramarina urgência de perceber o sentido e as interrogações endémicas do pensamento comum.

 Já te disse k adoro morangos ?

Bolo de morango, batido de morango, morangos simplesmente, simplesmente com chantilly...

Já te disse k n consigo evitar gostar de ti ?

Em cada sorriso trazes-me a substância da alma, a simplicidade na expressão a fácil e não premeditada compreensão.

A urgência de descansar sereno, na conclusão de que é urgente, um, dois, três bemóis (...) Deus é um matemático (!!!), desfiar, já te disse k te adoro (?), cada palavrinha, um lindo e cintilante búzio, vinda dessa tua, estou impressionado, maravilhosa, simplesmente (...) morangoskas, tão bonita, interrogações endémicas, e confortável, já te disse k adoro morangos (?), e redondinha, tudo poder ser definido analiticamente, por vezes tempestuosa J, este amor não pode (!!!!), mas sempre um porto de, Deus é um matemático, abrigo, este amor não pode, uma esperança certa, já te disse k te adoro (?), um tom maior, uma voz segura, uma melodia sempre nova, onde cada nota se altera para que possa pegar em cada pequena tristeza, em cada pequena e imperceptível flutuação, a todas juntar, uma por uma, dando luz a um sol, pleno, forte e abrasador resultado, Meu Deus como sabe bem olhar-te nos olhos , onde estou, onde estamos (?), um barulhinho a mar, porque sei k estás aqui se n te vejo (?), como tinha dificuldade de olhar-te nos olhos, desviava sempre o meu olhar...

Para onde me trouxe esse brilho cativante ?

Já te disse k te adoro ?

Para onde me trouxe esse brilho cativante ?

Porque vejo o meu reflexo ?

Onde estás, meu Amor ?

Porque choro eu ?

Porque choro tanto ?

Porque escrevo a bold ?

O que faço aqui ?

Onde está o meu reflexo ?

Já te disse k te adoro ?

Porque choro eu ?

Interrogações endémicas

Uma praia com mar picado.

Barulhinho a mar.

Porque parei de chorar ?

Onde estávamos ?

Onde estivemos ?

Deus é um matemático ?!

Porque me acontece sempre isto ?

Gosto tanto de olhar os teus olhos.

Deus me livre de desviar o olhar agora.

O k significa urgente ?

O k significa urgência ?

O k é urgente para ti, meu amor ?

O k é urgente em nós ?

Urgente em mim é, como sempre aliás (...)

(...) procurar significado para um léxico inesperado por/e desconhecido.

Tudo pode ser definido analiticamente.

E que me importa se pode ?

Que me importa se uma fórmula me trouxe até aqui ?

Ela apenas terá servido de caminho.

E o resultado, desta pelo menos, será sempre único.

O k significa (...).

Já chegaste ?

21/7/2003_ 4am Masca.

segunda-feira, julho 26, 2004

"UM MUNDO QUE É O NOSSO"

Costumo ter um sonho do qual há muito vos queria falar...só que quanto mais penso nele mais parece que ele se afasta de mim. Este sonho é uma esperança, um reflexo num olhar distante que procura em si mesmo a proximidade de um mundo inexistente.
 
Um vago coexistir, um preciso respirar, um progresso feito de barro e vime, de velas e candeeiros a petróleo.
 
Feito de um doce sorriso erguido qual sol viajando pela madrugada na sua suave subida aos céus à medida que os olhos se enchem de alegria escorrendo titubeante pelos traços outrora finos e hidratados. Uma expressão de imagem compreendida e assimilada, num tremor inexplicado, num frio que nos abandona, num calor que se encontra no reflexo de um olhar próximo que encontra em ti um mundo não julgado possível. A realidade remetida para uma redonda contemplação na forma, no silêncio e na solução.
 
Ciência que se auto-explica não explica o coração. Não explica o coração, não explica o coração...

Meu amor...

Não me é fácil sintetizar-me. Não me é fácil decompor-me. Não me é fácil simplificar-me. Não me é fácil tolerar-me. Não me é fácil acompanhar-me...neste vago coexistir, num errático pensar, um retrocesso feito de fissão e supercondutores, de tecnologia e de...de...de...de...de...de...de...de...de...

 
Apenas se afasta...se afasta...se afasta...

Apenas se afasta...se afasta...se afasta...

E sei que quando virar as costas o encontrarei...pois ele sempre aqui esteve...eu apenas o ignorei...na ânsia do receio de perder, no ganho, o conforto na esperança encontrada...
 
...do teu doce sorriso que viaja como o sol pela madrugada na sua suave ascensão aos céus, como os olhos se enchem de alegria que inunda vigorosa, os traços cada vez mais resplandecentes e sonhados. Uma expressão de imagem compreendida e assimilada, numa  felicidade inexplicada, num frio ausente, num calor encontrado no reflexo de um olhar próximo que encontrou em ti um mundo que é o nosso.

sexta-feira, julho 23, 2004

"O FUTURO HERMÉTICO"

Como eu queria decidir o meu futuro conhecendo-o. Julgar a trépida imagem herméticamente emergente. Como eu queria ver claro, o reflexo repetido do áspero sonho sentido. Meu amor...porque me aparecem miriades de palavras quando penso em ti ? Resplandecendo como estrelas que nascem.

Este é um caminho duro, meu Amor. Feito de pedra. Feito de terra. Feito de privação e ilusão. Por que me carregam as costas ? Por que me secam os lábios e não encontro onde beber ? É estreito este caminho. Infinitamente estreito. Ladeado por abismos sem fim, frios como o Inverno em Berlim. Eu sei meu Amor, eu sei. Ao persistir neste caminho encontrar-te-ei e ao encontrar-te encontro Deus...porque Deus é Amor...sim Deus é Amor...não uma pré-concebida figura feita de memórias desgarradas.

Mas eu saí. Eu saí.

Estava tão perto...tão perto. Tinha os olhos bem abertos mas era o coração que via.

Era dificil... o tempo como suave crescendo de lua tomou conta do meu andar outrora vigoroso e determinado agora trémulo e impreciso. Tomou conta do meu cérebro. Fechou-me o coração, meu Amor.

Não existem mais caminhos que eu pudesse fisicamente alcançar. Mas se fechasse os olhos, se reduzisse a marcação austera do meu coração poderia mudar para outro.

E foi o que fiz.

Um caminho deslumbrante, meu Amor. Um caminho deslumbrante. Onde não havia sede e o andar era fácil, ágil e atlético fazendo crente o mais rígido e céptico.

E forjei a felicidade porque tanto ansiava. Não era perfeita mas eu podia melhorá-la porque eu tinha um objectivo, porque eu sempre o tive e...

“Quem me dera voltar atrás ?”

Não sei...há uma estranha ironia que faz encaixar todas as peças, mesmo não servindo.

Talvez se pudesse ter visto o meu futuro pudesse ter decidido de outra forma.

Estou a tentar voltar ao primeiro caminho. Não é fácil meu Amor. E não me parece fazer muito sentido...mas estou a tentar, estou a tentar. E, meu Amor, se o Sol porventura tornar escuros os brilhantes olhos em que um dia me encontrei quero que saibas que te amo. Hoje, ontem e amanhã, nesta vida, noutra dimensão, por toda a eternidade.
 
Tiago Torres Mascarenhas.

Update...

...já tinha feito um update bem grande...mas não é que isto crashou quando eu publiquei! Lá se foram dezenas de linhas para o espaço...sem hipótese de serem recuperadas. Porca miséria!
 
Deixo-vos com mais um texto, espero que gostem.
 
 

quarta-feira, julho 21, 2004

"The Pen to the Paper"

Já está.
 
Já assinei quatrocentas e trinta e nove folhas, já sei o número do meu bilhete de identidade de cor, já sei o meu número de beneficiário da segurança social de cor também, já sei o meu número de identificação fiscal de cor e, caramba, até o maledito do NIB já está na ponta da língua.
 
Assinei pela MSF, Moniz da Maia Serra e Fortunato.

terça-feira, julho 20, 2004

"Quantas Palavras a Estória Bebeu"

Cem Palavras vivia marcado por um livro, um livro muito engraçado que tinha uma e uma página só. Nessa página a estória começava com seu nome e crescia à medida que era lida, espaço por espaço, ponto por ponto.
 
Cem Palavras, no entanto, desconhecia fazer parte da estória como seu herói maior e, na mesma medida,  Estória desconhecia que iria viver apenas mais vinte e oito palavras.
 
Cem Palavras entregou a Estória, um copo envenenado com uma tinta secular que apagaria da memória de todos esta estória singular.
 
Cem Palavras sorriu, Estória bebeu.
 
- Fim.

Começo segunda-feira...

É verdade, recebi há pouco um telefonema. A diferença de 20 contitos desapareceu e portanto vou assinar um dia desta semana para, segunda-feira, pôr mãos à obra (acho que nunca esta expressão foi tão bem utilizada)!

segunda-feira, julho 19, 2004

Por que é que o flashback foi importante ?

Porque ao deparar-me com o carro bloqueado telefonei para virem desbloquear-me o automóvel. E passado uns 10 minutos eis que surge uma carrinha da polícia municipal. Faço sinal para pararem. O condutor pára. O passageiro que vem atrás abre a porta de correr e vira-se para mim.
 
E ao encontrar-me faz um ar de espanto (bastante semelhante ao meu diga-se de passagem).
 
- Veio perguntar-me se podia parar e eu disse que sim... - desabafou o sr. agente, ao que eu respondi.
- Já viu ? Eu à procura de parquímetro e, afinal, nem podia parar aqui o carro. E só aqui estive 10 min (vinte... mas isso também não é muito relevante)... não vi o raio do sinal - completei.
 
O polícia olhou para o outro e o outro inquiriu-o:
 
- Então que fazemos ? Deixa-mo-lo ir ?
 
Passaram-se uns breves instantes e o sr. agente foi buscar o seu bloquinho e...riscou o meu carro, perdão, o do meu irmão.
 
Já vos disse como me orgulho da polícia deste país ?
 
Em suma, obrigado sr. agente!
 
Pode ter a certeza que nunca mais paro ali (Scout´s honor).
 
- Masca...
- Sim consciência maldita.
- Tu não és escuteiro...
- É só uma forma de expressão...não me chateies...
 
 

Flashback

Como de manhã deixei o meu carro no estaleiro (na oficina não fazer confusões) tive que ir buscar o carro do meu irmão para poder ir à minha 4ª entrevista.
 
Assim fiz e, depois de me esgueirar à polícia no Parque das Nações, fiz-me à estrada. Só que o tempo corria rápido e quando cheguei ao local do crime faltavam apenas 5 minutos para a já referida reunião.
 
Vi um lugarzinho, por milagre, livre e lá parei. Do outro lado a polícia bloqueava um carro pelo que, dado o parquímetro não funcionar, decidi trocar umas palavras com o sr. agente.
 
- Bom dia, desculpe estar a interromper...
- Bom dia...diga...
- Sabe dizer-me onde há um parquímetro a funcionar é que estes aqui não estão. - perguntei eu.
- Os parquímetros não estão a funcionar, pode parar onde quiser! - exclamou o sr. agente.
- Mas... - hesitei eu - estão aqui a bloquear um carro ? - questionei admirado.
- Mas este lugar não é de parquímetro. - completou o sr. agente.
- Ahhhh... - emiti em sinal de compreensão e fui à minha vida.
 
 
 
 

Obrigado Sr. Agente!!!

Após a minha 4ª entrevista, deparei com o meu carro, perdão, o carro do meu irmão bloqueado. Dito isto, parece-me importante um "flashback".

Pequena desilusão...

Pois é meus amigos, 20 contitos separam o Masca de voltar ao trabalho. Tinha pedido uma remuneração muito realista e bastante contida pelo que fiquei um pouco triste por quererem debater esta quantia (irrisória para uns, importante para outros). Pelo que...novidades, novidades só mesmo...amanhã.

Que manhã longa!!!!!

Isto de uma pessoa levantar-se cedo para ir pôr o carro na revisão e depois, pelas 10h, receber uma chamadinha para ir a uma reunião onde lhe vão fazer uma proposta de trabalho, não é para qualquer um...

E se eu...

... criasse um outro blog dedicado ao meu livro, ainda por publicar, entitulado "Deus és tu" ?
 
Podia publicar um capítulo todos os dias...afinal já estão escritos não é :=) ?
 
Vou pensar...entretanto queria só acrescentar que caso algum ilustre visitante, conhecido ou ainda por conhecer, esteja interessado em usar algum texto, no seu todo ou em parte, que entre em contacto comigo (e-mail)!

Praia Maravilha...

Ai...como a praia estava boa hoje...bem até ao fim da tarde...maravilha :=)
 
Pena a horita passada a atravessar a ponte mas enfim...não se pode ter tudo não é ?

"Mandarás e o acorde diminuto"

Na aldeia de Conceição vivia um acorde que queria ser maior mas que nasceu diminuto. Ao feiticeiro foi e tudo lhe ofereceu: A tónica, a terceira menor, a quinta menor e até a sétima. Mandarás sorriu e, folheando o seu livro encantado proferiu:
 
- Terim, terim...terim, tim, tim, tim!
 
A felicidade jorrava do acorde que logo perguntou:
 
- Já sou maior ?
 
Mandarás, levantou as maçãs do rosto e exclamou num perfeito arpégio maior:
 
- Cla-ro que sim! 
  
 

domingo, julho 18, 2004

"Princesa Isadora"

(Versão para o DN)
  
 
“Princesa Isadora”, contava a estória de uma princesa incapaz de amar, incapaz de reflectir a sua alma nos olhos de um outro ser.
 
Um dia as nuvens formaram o nome Gabriel, abençoando a sua entrada no palácio, onde,  ajoelhado perante Isadora, disse:
 
- Princesa Isadora, não sou um Deus, nem mesmo um Anjo, apenas um verso que agora começa e que só encerra quando nascermos de novo, numa estrela brilhando com a força do reflexo de nossas almas, num infinito mar chamado Amor.
 
Gabriel sorriu para Isadora, aconchegando a loirinha e pequenina Beatriz,  e sussurou:
 
- Já está.

"Princesa Isadora"

(Versão Original)
 
Gabriel sempre viveu marcado por um livro, um livro tão real na sua mente que muitas vezes se questionava se não teria já vivido aquelas estórias, num outro plano, numa outra dimensão, num outro espaço.
 
Deitou-se sobre a toalha estendida na areia de barriga para baixo, cotovelos ancorando-o a terra e abriu, mais uma vez, mas mais uma vez como se fosse a primeira, o seu livro mais querido.
 
“Princesa Isadora”, assim se chamava e contava a estória de uma princesa incapaz de amar, incapaz de reflectir a sua alma nos olhos de um outro ser.
 
Até que ao vigésimo segundo dia, do sétimo ano, do concurso para a vaga de príncipe do Reino do Búzio Sem Palavras Mas Sempre Com Um Barulhinho a Mar, apareceu Gabriel.
 
Gabriel, ao invés dos outros pretendentes, não procurou surpreender a Princesa com as suas capacidades físicas ou intelectuais, com a oferta de planícies e jóias magníficas mas apenas estendeu a mão a Isadora e disse:
 
- Princesa Isadora, não sou um Deus, nem mesmo um Anjo, apenas um verso que agora começa e que só encerra quando nascermos de novo, numa estrela brilhando com a força do reflexo de nossas almas, num infinito mar chamado Amor.
 
E assim, Isadora e Gabriel tornaram-se princípes do Reino do Búzio Sem Palavras Mas Sempre Com Um Barulhinho a Mar para todo a eternidade.
 
E ao dizer estas palavras, Gabriel aconchegou as filhas perante o sorriso contemplador de Isadora e disse:
 
- Já está. 
 

Antes ainda de publicar mais um conto...

...como prometido, queria só dizer que desta feita vou publicar a versão original e a versão cortada para o concurso "Cem Palavras" do DN, para verem como tive que simplificar a coisa.

sábado, julho 17, 2004

"Rafael"

Era uma vez Rafael, aquele que ficava com os olhos em mel, sempre que a voz terna e carinhosa de sua mãe lhe trazia fábulas que percorriam o seu olhar, docemente fechando-o , abrindo-o embora cerrado ele já estivesse, levando-o a num sonho entrar, subindo em espiral até uma estrela habitar. As palavras surgiam no momento, regadas pelo bater de um coração perdidamente maternal, embaladas por um afecto infinitamente mortal.
 
Era uma vez Rafael, aquele que ficava com os olhos em mel, e era uma vez Leonor, aquela cujos livros se escreviam instantâneos, com uma pena feita de amor.

sexta-feira, julho 16, 2004

"Elias e a Jangada de Pedra"

Elias era um cão, meio coxo meio anão, tinha uma língua nojenta que sempre raspava pelo chão. O focinho caía-lhe pelas orelhas parecendo nunca parar, por onde quer que a cauda abanasse, o ar tornava grosso, em forma de osso a apontar. Sobre “A Jangada de Pedra” lá estava todo o santo dia, o belo do almoço, lanche e jantar.
 
Separou-se do continente da palavra e viajou pelas entranhas de Elias.
 
Elias era um cão e aquele livro, a sua maior perdição.

 
 
(Escrito por: Tiago Cruz Torres Mascarenhas)

Concurso Cem Palavras do DN

Venho por este meio anunciar que:
 
Todos os dias, por um período de 5, irei publicar um conto de minha autoria neste blog. Estes contos foram escritos para o concurso do Diário de Notícias (cujo resultado ainda não é conhecido) subordinados ao tema "Marcado por um livro".
 
Quem copiar, e antes de ser processado pela Sociedade Portuguesa de Autores, terá que se haver comigo (estou a rosnar ;))
 
Espero que gostem!

A Minha 3ª Entrevista

Pois é, hoje fui à minha 3ª entrevista e parece que o paraíso tem os dias contados. Trabalho árduo espera-me. Estou cheio de vontade embora muito pouco ansioso...decididamente nervoso miudinho e medos variados não nasceram comigo :)
 
Para a semana terei novidades.
 
"Stay tuned".

quinta-feira, julho 15, 2004

O blog já está !!!!!!!!!

Foi mto rápido, quem diria ?

10 minutinhos e aqui está um blog quentinho a sair do forno! Hummmm k cheirinho bom :)

Aqui conto escrever de tudo um pouco...sobre mim, sobre o mundo, o céu, a terra, o inferno, aquele filme, aquela menina, aquele sacana, aquele político, aquela reportagem, isto, aquilo e mais sei lá o quê...ah...e sobre ti também ;)

Espero k gostem!

Masca.

Notinha: Gostava de saber quem é o miserável que já tinha masca como url...