domingo, janeiro 22, 2006

MAXIME!!!!!!!!!!!!!!!!!

Quinta-feira foi dia de MAXIME!!! É verdade, um sonho de adolescente finalmente realizado!!! Antes porém houve direito a jantar com a minha super prima “a empreendedora” Catarina e a sua amiga Ana, nesse italiano de referência: o Valentino. Por entre um Monte Velho a precisar de respirar e um empregado encantado foram reveladas histórias secretas que jamais revelarei aqui, jamais!!!! Fomos então direitos ao Maxim já a hora ía avançada. Chegámos e logo entrámos. Sala cheia. Maria João, Mario Laginha, muito músico presente sem dúvida, não fosse uma apresentação da Big Band de Klaus Nymark, com “Joaninha” Rios na voz e Bruno Santos nas seis cordas só para destacar alguns bravos deste pelotão. “How long has this been going on” de George Gershwin logo para conquistar aqui o escritor de serviço, não fosse eu um fã de Gershwin. Fantástico sem dúvida. Lavada a alma, lavado o coração fomos os três para um privado – esta frase soa estranhamente estranha! Pedimos as nossas bebidas – sim pedi uma caipirinha é claro!!! A Joaninha troca-se toda numa introdução e pede à banda para parar e reiniciar. A descontracção faz maravilhas e a naturalidade é o melhor que há neste mundo. Seja como fôr no fim da música o Klaus mostrou o cartão azul à Joaninha que foi dispensada da próxima música e até depois do intervalo. E assim quando demos por nós já tínhamos a Joaninha connosco bastante surpreendida com a nossa presença já que não lhe tínhamos dito absolutamente nada. Claro que a partir deste momento a minha caipirinha nunca mais teve um segundo de descanso...Bruno “Solari” Santos ainda apareceu para dois dedos de conversa, confessar que já tinha tocado Sepultura noutra vida, de cabelo grande e que aos 13 anos tinha feito uma operação para mudança de sexo!!! Mentira pois claro...o Bruno ainda é uma mulher....

Combinamos jantarinho com Joaninha e as meninas enquanto esse mito, essa lenda, esse monstro sagrado da música portuguesa, estrangeira e mundial, Manuel João Vieira – Ena Pá 2000 – começava com “All or nothin’ at all” ou na versão portuguesa “All ou tudo para o cara*&$” !!!!!! Foi o ínicio de uma sessão cómica raramente vista, parti-me todo a rir, à tolinho mesmo, o contraste entre as letras sem rodeios de Vieira e o rigor e a precisão suíça da Big Band foi algo inolvidável. Ninguém contia a sua estupefacção até a pseudo-irmã da Joaninha, a Francisca estava incrédula, embora não possa transmitir as suas palavras com rigor(...)
Veiria cantava:

“Ía eu, no meu Alfa romeu, rebentei um pneu, em frente a um museu, parti o vidro da frente, fiquei com a cara diferente(...)” qualquer coisa deste género por cima de grandes standards do jazz.

Para acabar um dueto com a Joaninha, já com o polvinho assado garantido, para fechar a noite em beleza.

Foi muito bom, mesmo muito bom.

Beijinhos às meninas!!!

sábado, janeiro 14, 2006

Circunferencial

Quero parar, parar em cada sílaba, deter-me saboreando o tempo que une as palavras, percorrendo o traçado de cada letra, viajando de volta à raiz primordial. Quero ter, ter a vontade e a oportunidade de compreender as milimétricas flutuações no espectro de frequências do teu discurso. Quero acordar, acordar do sopro que me deixou paralisado, esfíngico e de fulgor diminuto. Quero crer, crer que me sobra o céu e o espaço para me movimentar. Quero ser base, base para fuste, fuste para capitel, arco em ogiva, pedra branca e vitral. Quero aplicar, aplicar toda e qualquer capacidade que tenha em conversar contigo em saber aquilo em que sou insuficiente, aquilo em que o circuito não fecha, aquilo em que não sou circunferencial. Quero compreender, compreender todo o intervalo entre zero e um, entre ser todos e não ser nenhum. Quero repousar, repousar da ordem que subjuga o Homem magnânimo.

Atravessa-me com a disponibilidade de um céu, que me sobra em dias de luminosidade ou mesmo de penumbra, considera-me um retiro, uma viagem sem hora marcada apenas de destino certo.

Decide: rápidamente a cortina corre e as cadeiras expõem-se, revelam o veludo que aquece os rios que correm em nós. Assina, sobre o tempo momentâneo, que separa os planos que nos compõem e fazem maiores.

terça-feira, janeiro 03, 2006

Post 2006

2006...até custa a acredtar!!!

E como é díficil perceber o quão rápido passaram os últimos 4 dias. Se quisesse fazer um resumo do tempo passado no Funchal seria:

6ª Feira, 30 de Dezembro

Aeroporto Funchal – Chamada Administrador da Colliers – MGLTS Sara Tex - Beerhouse c/ Sara Tex, Cortez e convidados– Funchal Zona histórica, JP, IP, IS; RO; AA; ST; TM – Funchal Casa do Chá – Italiano – Fashion Club / Avenida BJF – Tasca antes de voltar a casa;

Sábado, 31 de Dezembro

Lanchinho – Casa Tia da Sara Tex – Fogo Fabuloso- Casa Pat Lencastre – Casa Sofia Costa Neves – Teatro – Pequeno Almoço Balão

Domingo, 1 de Janeiro

Casa Tia da Sara Tex – Janta Fora-de-Horas

Segunda, 2 de Janeiro

Boleia até ao Funchal – Almoço Sara Tex – Cafezinho Teatro – Chamada colega da Colliers - Isabelinha Calheta / Ponta do Sol - Tour pelas marinas – Encontro c/ Pat Drumond – MGLTS Sara Tex - Jantar Sol Do Fa – Aeroporto Funchal.

Se eu me detivesse em cada um destes pontos, em cada uma destas portas, em cada sala a que cada uma destas portas conduz, em cada nave a que cada dia se refere, poderia eventualmente drenar esta tristeza que se apodera de mim, em cada regresso a casa, em cada volta à malograda rotina que nos persegue qual sombra cinzenta. Sei hoje que existe um obstáculo que outrora não me apercebera, um obstáculo que não é feito nem de betão nem de ferro, um obstáculo que é incomensurávelmente superior à capacidade de o destruir, porque ele é feito a partir de dentro, pelas ligações fracas da alma superior. Só desaparecerá quando fino fôr o estreito que me separa da leve louca luz que sobressai sobre rocha e mar, por entre nuvens fáceis de esboçar, ao longo da longílinea coroa que separa a manhã do entardecer, um olhar sobre a esperança que tornará a aparecer.

Feliz Ano.