Quero parar, parar em cada sílaba, deter-me saboreando o tempo que une as palavras, percorrendo o traçado de cada letra, viajando de volta à raiz primordial. Quero ter, ter a vontade e a oportunidade de compreender as milimétricas flutuações no espectro de frequências do teu discurso. Quero acordar, acordar do sopro que me deixou paralisado, esfíngico e de fulgor diminuto. Quero crer, crer que me sobra o céu e o espaço para me movimentar. Quero ser base, base para fuste, fuste para capitel, arco em ogiva, pedra branca e vitral. Quero aplicar, aplicar toda e qualquer capacidade que tenha em conversar contigo em saber aquilo em que sou insuficiente, aquilo em que o circuito não fecha, aquilo em que não sou circunferencial. Quero compreender, compreender todo o intervalo entre zero e um, entre ser todos e não ser nenhum. Quero repousar, repousar da ordem que subjuga o Homem magnânimo.
Atravessa-me com a disponibilidade de um céu, que me sobra em dias de luminosidade ou mesmo de penumbra, considera-me um retiro, uma viagem sem hora marcada apenas de destino certo.
Decide: rápidamente a cortina corre e as cadeiras expõem-se, revelam o veludo que aquece os rios que correm em nós. Assina, sobre o tempo momentâneo, que separa os planos que nos compõem e fazem maiores.
Atravessa-me com a disponibilidade de um céu, que me sobra em dias de luminosidade ou mesmo de penumbra, considera-me um retiro, uma viagem sem hora marcada apenas de destino certo.
Decide: rápidamente a cortina corre e as cadeiras expõem-se, revelam o veludo que aquece os rios que correm em nós. Assina, sobre o tempo momentâneo, que separa os planos que nos compõem e fazem maiores.
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