segunda-feira, agosto 20, 2007

Inversão do VII

Hoje ao almoço decidi, como tantas vezes faço quando não tenho companhia, de dar um passeio da Infante Santo até às docas e por lá almoçar. É absolutamente fantástico as coisas que passam pela nossa cabeça até chegarmos ao destino. Pensei numa música que fiz há pouco tempo e comecei a pensar nela – incrível como não fui atropelado por um qualquer camião – ela tem uma substituição muito comum (o I maior pelo I menor) e comecei a matutar qual a escala que melhor funcionaria sobre esta substituição. A resposta que eu já sabia a priori- o modo dórico 1 2 b3 4 5 6 b7 – de facto confirmou-se pensando um bocadinho. Claro que há outras se calhar até mais interessantes mas sem um papel e acima de tudo sem uma guitarra fica dificil de escrevinhar na atmosfera! Passei então ao refrão da música que tem um acorde diminuto a resolver uma terceira acima para a tónica. Porque soa isto bem? Porquê? Ora a minha cabecinha – devia ser fome não sei – tratou de dar a solução rápidamente: não será uma inversão do VII? E não é que é mesmo? Incrível! Claro que o VII na realidade seria meio diminuto mas se tudo fosse diatónico todos adormeceríamos barafustando “uau que música tão interessante”. Na verdade o meu diminuto ainda tem mais uma inversão: uma quarta acima da tónica. Inacreditável!

Se a ida foi esta agitação cerebral toda, o que aconteceu no regresso?

Bem no regresso aconteceu....absolutamente nada. Porquê? Chama-se caipirinha. É óptima, é maravilhosa, mas mata estas divagações hiper-especulativas em poucos segundos...

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