quinta-feira, maio 31, 2007

“Eu, mesmo”

Quem sou eu?

Quem sou eu que apareço quando ver não me vês e que desapareço quando não vendo me vês?

Quem sou eu?

Que me lamento quando tudo tenho, e que festejo quando sem tudo fiquei?

Quem sou eu?

Que só lembrado quando todos já esqueceram, e que só esquecido quando todos se lembram?

Quem sou eu?

Que te digo: uma, duas, três vezes, trinta e três vezes mil e cem milhões de biliões de vezes, tantas vezes quantas estrelas há “fica aqui”

Quem sou eu?

Se não a outra parte de ti, o lado oculto, o lado atrevido, o lado ousado ou talvez o lado mimado, o lado evitado, o lado equilibrado;

Quem sou eu?

Se não a outra parte de ti, a parte que me ofereceste para que fosse melhor, para que fosse mais feliz, para que fosse presente e não condicional;

Quem sou eu?

Encontra-me sem procurar, prometo que quando não fôr de esperar aí estarei para te fazer lembrar, que o espaço dobro com a esquina do meu olhar, que a ausência compenso com a linha da vida a contar;

Sim, eu mesmo.

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