Há folhas que caem meu amor, caem por cada dia que passas longe de mim...há folhas que caem meu amor, caem secas num raiado de secos dourados...há folhas que caem meu amor, revestem a terra por onde cedo passearemos contemplados por sereno céu, purga de conquista revisitada...há folhas que caem mas há emoções que persistem, há a memória do tempo passado em conjunto, há infinitos arco-íris que na soma fazem um novo mundo, há um momento que é apenas o teu, o da tua proximidade, o do dealbar da esperança, de acreditar que afinal era mesmo como se pensava, nos primórdios da existência.
Há folhas que caem meu amor, caem por cada segundo de persistência nessa hesitação pendular que ostentas quando não me vês...há folhas que caem meu amor e muitas mais cairão, mas não pretendo fazer com que elas parem de cair, nem tão pouco apanhá-las antes de cair, desejo apenas que ao cairem, o façam surpreendendo um olhar conjugado no futuro.
Há folhas que caem meu amor, pois há...mas elas não são o tema destas breves palavras, não meu amor, o assunto és tu, ou melhor, o teu medo de ser feliz.
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